Mensalmente, o analista de suporte, Vitor Machado, de 21 anos, costuma reservar uma parte de seu salário para usar com produtos relacionados aos seus personagens de anime favoritos.
Ele conta que já chegou a gastar R$ 500 em uma única peça: um action figure – que são réplicas colecionáveis de personagens de séries, desenhos e filmes – do Akainu, que aparece na série japonesa de mangás One Piece. O hábito não é uma exclusividade de Machado. Produtos do universo geek (que contempla assuntos relacionados à cultura pop, como filmes, séries e jogos), alimentam um mercado mundial que faturou cerca de US$ 300 bilhões no ano passado, segundo um levantamento feito pela Brandar Consulting, por encomenda da Licensing International.
No Brasil, esse valor ficou na casa dos R$ 21,5 bilhões em 2021, segundo dados da Associação Brasileira de Licenciamento de Marcas e Personagens (Abral). Os valores vêm de uma crescente: em 2020, o faturamento por aqui foi de R$ 21 bilhões, e em 2019, R$ 20 bilhões.